A expectativa de vida atual é a mais alta em toda a história da humanidade. Avanços tecnológicos, científicos e comportamentais permitem uma maturidade mais saudável e produtiva.
A aposentadoria é hoje um período em que as pessoas podem ter uma vida ativa, perseguir objetivos e encontrar a realização. Porém, existem riscos de as pessoas não usufruierem dessas possibilidades e sofrem por sentirem-se vazias, isoladas ou sem um senso maior de propósitos na vida.
Segundo o gerontologista americano Robert Atchlely, as pessoas aposentadas, em geral, passam por seis fases ou estágios. A abordagem das seis fases é importante, pois coloca a aposentadoria numa perspectiva de processo e não apenas de um evento ou acontecimento.
Embora nem todas as pessoas passem por todas as fases, e nem todas lidem com elas da mesma forma, elas servem como guia para uma compreensão mais profunda do que ocorre com o indivíduo neste período de sua vida. Essa compreensão amplia as alternativas e possibilidades de uma vida mais plena e feliz na idade madura, com mais senso de propósito e de realização.
As 6 fases são:
1. Pré-aposentadoria
A pessoa começa a organizar suas
percepções sobre a nova etapa da vida que se aproxima e a fazer planos. Nessa fase há o risco de experimentar angústia e ansiedade.
2. Momento da Aposentadoria
Despede-se da rotina profissional. Pode experimentar sensação de vazio e de isolamento,
proporcional ao espaço que o trabalho ocupava em sua vida ou engajar-se em
múltiplas atividades para ocupar o tempo.
3. Encantamento ou Lua de Mel
Começa a fazer viagens e a executar projetos e atividades para
os quais antes
não tinha tempo; tenta desfrutar mais da companhia da família e sente-se
mais relaxado.
Os riscos nessa fase vêm do fato de que o lazer não basta para
gerar propósito e desafios. Pode-se experimentar a sensação de que “já fiz tudo o que tinha de fazer”; a família pode se tornar a única fonte de relacionamentos; o
relaxamento pode virar ociosidade.
4. Desencantamento
Aqui a pessoa tem a sensação de não saber o que fazer com o tempo; faz balanço
de vida, reflexão sobre finitude.Os riscos são o desânimo e a manutenção de crenças negativas sobre a vida e sobre si; a falta de um
projeto de vida pode causar problemas como a depressão.
5. Reorientação
Se a pessoa superou bem a fase
anterior, agora busca se adaptar à realidade da aposentadoria e tornar esse
período mais satisfatório; tenta mudar o que não está funcionando e promover
mudanças para facilitar a adaptação.
Se não superou
bem a fase anterior, pode entrar (ou continuar) em depressão e ter falta de
clareza quanto aos seus objetivos; paralisação ante a mudança e dificuldade de
encontrar uma identidade fora do trabalho.
6. Rotina
Nessa fase o aposentado já resolveu suas pendências e estabeleceu um novo modo de vida. O risco aqui é desenvolver uma rotina
rígida e limitante; sentir-se confiante demais a ponto de se descuidar dos
objetivos, da saúde e dos relacionamentos.
Contribuições do Coaching
Nessas fases do processo de aposentadoria a ajuda de um Coach levará o indivíduo a:
- Desenvolver um planejamento financeiro para a
aposentadoria.
- Trabalhar crenças limitantes em relação à idade
(inclusão, vida produtiva)
- Trabalhar a construção de uma identidade fora do
ambiente profissional.
- Traçar objetivos, propósitos e plano de vida para
este novo período.
- Trabalhar relacionamentos, saúde, bem-estar e
autodesenvolvimento.
- Organizar tempo e atividades, estabelecendo o quanto
antes uma rotina
satisfatória – nem ociosa demais, nem
frenética demais.
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